Ativista de 19 anos acusado de ‘secessão’ em Hong Kong

por Filipa Rodrigues
AFP

Um jovem ativista de Hong Kong foi acusado nesta quinta-feira de “secessão”, tornando-se na primeira personalidade política a ser processada em virtude da lei de segurança nacional imposta pela China à Região Administrativa Especial. 

Dois dias após ser preso numa cafeteria localizada em frente ao consulado americano em Hong Kong, Tony Chung foi acusado por um tribunal de secessão, lavagem de dinheiro e conspiração por publicar conteúdo sedicioso.

Tony Chung, de 19 anos, foi levado por homens, informou o jornal South China Morning Post, citando um dos seus jornalistas que presenciou os acontecimentos. O The Post, assim como os veículos HK01 e iCable News, citaram fontes próximas à investigação que afirmam que Chung foi detido pela unidade de polícia encarregada de aplicar a Lei de Segurança Nacional em Hong Kong.

Um grupo a favor da independência, “Student Localism”, do qual ele era membro antes da entrada em vigor dessa legislação em junho, informou hoje no Facebook que o jovem havia “desaparecido”, destacando que outros dois ex-membros foram detidos na terça-feira pela Polícia. 

A Polícia confirmou posteriormente as três detenções, alegando que estavam relacionadas com uma investigação em andamento sobre o grupo por “incitação à secessão”, um dos novos crimes contra a segurança nacional. 

Outro grupo, até então desconhecido, chamado “Amigos de Hong Kong”, alertou a imprensa sobre essa prisão através de comunicado, afirmando que seus membros tentaram obter uma solicitação de asilo para Chung através do consulado dos EUA. A AFP não conseguiu verificar se o grupo ajudou o jovem a solicitar asilo.

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