O presidente da República do Brasil, eleito a 28 de outubro de 2018, deixou perplexos o país e, às vezes, o mundo, por afirmações sobre economia, política externa, saúde, os outros poderes, os seus ministros, a própria família e até sexo. E ainda vamos a meio do primeiro mandato
“Oque é um golden shower?”, perguntou Jair Bolsonaro, através das redes sociais, no dia 6 de março de 2019. Pensou-se que a frase inusitada, dita quatro meses após a sua eleição a propósito de uma prática sexual de que o presidente da República tivera conhecimento num vídeo de Carnaval por aqueles dias, fosse insuperável. Nada disso. Depois, disse muitas mais, para choque e espanto do Brasil e, às vezes, do mundo – mas, em muitos casos, para orgulho da sua persistente base de apoio.
Cada vez mais à vontade no cargo, Bolsonaro foi fazendo valer a fama de político desbocado – os seus aliados preferem chamar-lhe “espontâneo” ou “genuíno” – conquistada em 28 anos como parlamentar de baixíssimo clero mas altíssimo perfil, ou seja, pouco respeitado no Congresso Nacional mas muito cobiçado por programas cómicos de entretenimento.
Na frente nacional, Bolsonaro atacou os outros poderes, embora, nos últimos meses, os venha abraçando por cálculo político; e ministros do seu próprio executivo; e repórteres, muitos repórteres; e até apoiantes que o confrontaram em público – “vai comprar arroz na Venezuela!”, disse a um cliente de uma feira que reclamou do preço do produto no último domingo, por exemplo.
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