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Vitórias judiciais e novas leis dão força a mães de jovens mortos pela polícia no Rio

haiza Pauluze, Júlia Barbon e Italo Nogueira

Entre doenças e ameaças, mulheres que perderam filhos buscam mudanças para que seu grupo não cresça

Um mês antes de o Supremo Tribunal Federal decidir limitar as operações policiais em favelas no Rio de Janeiro durante a pandemia do coronavírus, a bibliotecária Catarina da Silveira, 48, buscava informações sobre seu filho Rogério da Silveira Júnior, 21.

Naquele 6 de maio, o estudante que pertencia ao grupo de risco para a Covid-19 decidira romper o isolamento para ir a um churrasco na casa de um primo, na comunidade da Danon, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Estava na rua quando a polícia chegou.

Os agentes dizem que receberam denúncia sobre uma briga de facções por ali e, quando chegaram, foram atacados. Quando os disparos começaram, só Rogério não conseguiu correr, impedido pela artrite reumatóide, doença crônica que afeta as articulações. Levou um tiro na perna e outro no pulmão. Levado pela polícia ao hospital, chegou morto.

“Ele saiu de casa e não voltou. Achei meu filho como desconhecido no hospital porque tiraram os documentos dele, a habilitação e a carteirinha da faculdade. A polícia disse que achou um marginal caído ao solo com rádio e revólver. Bandido nenhum faz gastronomia. Ele sempre estudou, trabalhou, mas era negro”, conta Catarina. A família, de classe média, vive em Niterói, na região metropolitana do Rio.

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