Ontem, durante uma intervenção no clube internacional de debate Valdai, Putin desmarcou o seu país de qualquer interferência nos assuntos políticos dos EUA, admitiu a possibilidade de formar uma aliança militar com a China e ainda falou sobre a saída de Navalny de território russo para se tratar na Alemanha.
“Dizem que a Rússia trabalha ativamente, interfere ativamente” nas eleições presidenciais dos EUA, “digo que não interferimos”, responde.
Segundo o presidente russo, nenhuma das investigações realizadas oficialmente nos EUA foram conclusivas nesse sentido.
Apesar de não ver necessidade numa aliança militar com a China, o presidente não exclui essa opção e que é uma possibilidade no futuro, caso determine que seja preciso. “Teoricamente, é possível imaginá-la”, afirmou.
Até agora tem havido apenas uma “parceria estratégica”, da qual os dirigentes de ambos os países têm elogiado, mas a hipótese de formar uma aliança militar tem sido excluída.
Relativamente a Alexei Navalny, Putin assegurou que interviu diretamente, para permitir a viagem do opositor político até a Alemanha, onde recebeu tratamento depois de ter sido envenenado.
Putin detalhou que “solicitou imediatamente” ao procurador-geral russo que autorizasse o opositor a sair da Federação Russa, para ser tratado de urgência em Belim, apesar das “restrições “judiciais que, segundo disse, impediam Navalny de sair do país.