Polémica após concentração em Pemba, província de Cabo Delgado
Francisco Quiasse Madiquida, Comandante da Unidade de Intevenção Rápida (UIR) em Cabo Delgado, arrasou os seus comandados que combatem o terrorismo no norte de Moçambique. Num discurso que acabou por cair nas redes sociais, o militar foi bastante duro na reprimenda que deu após a revolta dos elementos da UIR, que se negaram a garantir proteção às populações na cidade de Pemba.
“Eu encontro em vocês, um sentido de não entender a missão que vocês transportam. Vocês não estão a entender o sentido da missão que vos traz. Não estão a entender porque estão aqui. Não estão a entender este chamamento pátrio. Não estão a entender onde começa e termina o sacrifício para a defesa de um país (…) o sacrifício para a defesa de um país começa e não termina. Nunca terminou. Porque é a vida toda de uma soberania do Estado”, começou por revelar o Comandante, colocando em causa o patriotismo dos militares
“É grave recusar uma missão nobre do chamamento de um país. Não têm o sentido patriótico, não existe em vocês (…) existem em vós sim, cumprir porque têm emprego, mas trabalhar não querem. Cumprir aquilo que você foi dito, acabou e chegou no final do mês recebeu e pronto. Mas, não têm o sentido patriótico. Se vieram aqui só porque querem emprego para receber e não querem trabalhar, então, que o digam agora. Eu já disse, prefiro 10 homens do que 1000 cobardes. Prefiro 10 homens altamente combativos, do que 1.000 cobardes. Quem não quer estar connosco, então, que entregue a arma. Se não tem sentido patriótico, então é ir para casa (…) que digam agora que nós não queremos defender a pátria”, concluiu.
Refira-se que no final do discurso, os militarem em causa foram levados para Miéze, onde se localiza o maior estabelecimento penitenciário da província de Cabo Delgado.