António Costa admitiu, esta segunda-feira à noite, que tem “dificuldades em compreender como à Esquerda haverá uma oposição” ao Orçamento do Estado. Mais: o primeiro-ministro disse mesmo que é “difícil perceber” a postura do Bloco de Esquerda e pede “bom senso” aos antigos parceiros da geringonça.
Em entrevista na TVI, na noite desta segunda-feira, o primeiro-ministro disse que o Governo tem “vindo a conversar com o PEV, PAN, PCP e BE desde julho para preparar este orçamento”. “Temos feito um caminho de aproximação. Esta proposta não tem nenhum retrocesso em relação a 2015 e tem uma rotura com a componente austeritária”, disse, frisando que, daí, ter “dificuldades” em perceber posições como a do bloquista Catarina Martins.
Para António Costa, existe uma “dificuldade em compreender como à Esquerda haverá uma oposição global a este orçamento”. Aliás, “o país não compreenderia” um chumbo. “Teria dificuldades em compreender o porquê”, disse, apelando ao “bom senso” dos antigos parceiros da gerigonça, de quem diz que “foram criando exigências” que acabaram respondidas em parte.
Costa disse que, em relação à exigência do BE sobre o não financiamento pelo Estado do Novo Banco através do Fundo de Resolução, houve “um esforço para assumir a posição aceitável do BE”. “Não vai haver nenhum empréstimo ao fundo de resolução em 2021”, disse, frisando que a solução “é razoável”.
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