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Mais 326 guerrilheiros da Renamo vão entregar as armas em Moçambique

Mais 326 antigos guerrilheiros da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) em Gorongosa vão entregar as armas até novembro, no âmbito do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) do braço armado daquele partido de oposição, anunciou fonte oficial.

“Eles vão ser desmobilizados, o que significa que estão a deixar a parte armada de lado e vão estar integrados na vida civil. Vão poder fazer as suas atividades na comunidade e com a esperança de que as pessoas na comunidade vão recebê-los como deve ser”, declarou o secretário-geral da Renamo, André Magibire, falando à margem do arranque das inscrições para obtenção de documentos pessoais do grupo de 326 antigos guerrilheiros da Renamo em Gorongosa, na província de Sofala, centro de Moçambique.

Trata-se da quarta fase do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) do braço armado do principal partido de oposição, no âmbito dos entendimentos alcançados com o acordo de paz assinado em agosto de 2019 pelo chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, e pelo presidente da Renamo, Ossufo Momade.

Depois de um arranque simbólico no ano passado, o DDR esteve paralisado durante vários meses, tendo sido retomado em 04 de junho.

De um total de 5.000 elementos da Renamo que se espera que entreguem as armas, segundo dados oficiais, 1.075 ex-guerrilheiros já foram abrangidos pelo DDR.

Apesar de progressos registados no processo, um grupo dissidente da Renamo (autoproclamado como Junta Militar) contesta a liderança do partido e o acordo de paz, sendo acusado de protagonizar ataques visando forças de segurança e civis em aldeias e nalguns troços de estradas da região centro do país.

A autoproclamada Junta Militar da Renamo é liderada por Mariano Nhongo, um antigo dirigente de guerrilha, que exige melhores condições de reintegração e a demissão do atual presidente do partido, Ossufo Momade, acusando-o de ter desviado o processo negocial dos ideais do seu antecessor, Afonso Dhlakama, líder histórico que morreu em maio de 2018.

Os ataques armados no centro de Moçambique têm afetado as províncias de Manica e Sofala e já provocaram a morte de, pelo menos, 30 pessoas desde agosto do ano passado, em estradas e povoações locais.

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