Destruição de emprego seria quase três vezes maior sem o lay-off

por Guilherme Rego
Luís Reis Ribeiro

Empresas com lay-off reduziram pessoal em 7%, mas sem este regime, destruição teria chegado a 19% entre março e meados de julho, dizem os empresários.

O colapso do emprego em Portugal teria sido três vezes mais grave sem o recurso por parte das empresas ao regime do lay-off simplificado (suspensão ou redução parcial de horários de trabalho).

De acordo com um estudo do Banco de Portugal (BdP) com base nos inquéritos do INE, ontem apresentado pelo novo governador do BdP, Mário Centeno, o emprego afundou cerca de 6,7% no universo das empresas abordadas, mas de acordo com esses empresários, a destruição de postos de trabalho teria chegado quase a 19% (quase o triplo) no período que vai do início da pandemia (em março) até à primeira quinzena de julho.

Segundo o inquérito trimestral ao emprego, divulgado no início de agosto, que é mais alargado e permite ver a situação nacional de forma mais completa, a economia portuguesa terá perdido quase 135 mil pontos de trabalho entre o primeiro e o segundo trimestre deste ano. Desses, 116 mil são empregados por conta de outrem. Centeno apareceu ontem na sua primeira conferência de imprensa para apresentar o novo boletim económico.

Disse que a recessão esperada para este ano deve ser mais leve que o esperado há três meses (queda de 8,1% em vez dos 9,5% projetados em junho), mas avisou que embora a recuperação vá continuar, ela “vai ser cada vez mais lenta”, vai demorar “mais alguns semestres” que “provavelmente serão os mais difíceis”.

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