União Europeia disponibiliza milhões para o setor cultural de Moçambique

por Guilherme Rego

O embaixador da União Europeia falava durante o lançamento do Procultura em Maputo, uma iniciativa que disponibilizou 7,8 milhões de euros para projetos em áreas como música, artes cénicas e literatura infantojuvenil, para os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e Timor-Leste (PALOP-TL).

“Quero encorajar aos mais jovens, mulheres e raparigas, a serem criativos e a apresentar projetos para aproveitar esta ocasião”, acrescentou.

“O lançamento dessas subvenções surge com uma relevância acrescida e uma grande oportunidade no atual contexto [da pandemia de covid-19] e espero que seja amplamente aproveitada por todos”, acrescentou a encarregada de negócios da embaixada de Portugal em Moçambique, Carolina Cordeiro.

Para Moçambique, mais do que apoio cultural, o Procultura vai “promover a cooperação e parcerias entre os PALOP com Timor-Leste e a União Europeia”.

“Este projeto é promissor e já está a ter resultados encorajadores. Neste curto espaço de tempo já testemunhámos a concessão de bolsas de estudo, financiamento de projetos e promoção de intercâmbios”, disse Vicente Manuel, representante do Gabinete do Ordenador Nacional para a Cooperação Moçambique/UE.

A iniciativa, que compreende três lotes para a atribuição de subvenções, é financiada pela União Europeia, cofinanciada e gerida pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua e cofinanciada também pela Fundação Calouste Gulbenkian.

O projeto pretende contribuir para o reforço da economia criativa e cultural nos PALOP e em Timor-Leste, incentivar a profissionalização e transformação do setor cultural num vetor dinâmico de desenvolvimento, emprego e inclusão, promover e favorecer a empregabilidade das mulheres e dos jovens.

“Queremos trabalhar na cultura fazendo ligação muito estreita com a criação de oportunidades de emprego e de renda, sobretudo para os mais jovens, este é o ponto fundamental”, referiu o embaixador da EU em Moçambique.

Para a iniciativa poderão candidatar-se, até 09 de novembro, “entidades de direito público ou privado, com ou sem fins lucrativos, dos PALOP e Timor-Leste há pelo menos dois anos e com atividade efetiva nesse(s) países e no setor cultural”, refere uma nota enviada à comunicação social.

Os PALOP integram Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial – aos quais a iniciativa junta Timor-Leste.

Pode também interessar

Contate-nos

Meio de comunicação social generalista, com foco na relação entre os Países de Língua Portuguesa e a China

Plataforma Studio

Newsletter

Subscreva a Newsletter Plataforma para se manter a par de tudo!