O fotojornalista premiado Tariq Zaidi lançou um livro sobre estes “Sapeurs”, revelando a nova geração de dândis do Congo. Velhos e novos, de várias profissões, partilham o gosto pela arte de trajar com estilo. As ruas de terra batida e os bairros de lata são as suas passerelles
É o próprio Tariq Zaidi quem explica, na sua página de Facebook, como fez o trabalho que deu origem ao livro “Sapeurs: Ladies and Gentlemen of the Congo”, que pode já ser encomendado pela Amazon. “Estas imagens foram feitas nas ruas das duas capitais Congo Kinshasa e Congo Brazzaville. A série é sobre pessoas que fazem parte de uma subcultura da moda no Congo chamada: La Sape, Société des Ambianceurs et des Personnes Élégantes (Sociedade de Criadores de Ambientes e Pessoas Elegantes). Os seus seguidores são conhecidos como “Sapeurs” (“Sapeuses” para as mulheres)”.
“A maioria tem empregos diurnos comuns como taxistas, alfaiates e jardineiros, mas assim que o seu quotidiano laboral termina transformam-se em dândis joviais. Vagueando pelas ruas, são tratados como estrelas do rock – fazem virar cabeças e trazem “joie de vivre” (alegria de viver) para as suas comunidades”.
A verdadeira Sapologie envolve mais do que marcas caras: a verdadeira arte reside na capacidade de um sapeur de criar um visual elegante exclusivo para a sua personalidade. Como Papa Wemba (cantor congolês e ícone da moda que popularizou Sape) disse uma vez: “Os brancos inventaram as roupas, mas nós (africanos) fazemos disso uma arte”.