Cofundador de plataforma de streaming fala sobre o início da carreira, os desafios atuais e o seu desgosto por Donald Trump
É boa a sensação de ser o homem que matou Hollywood? “Não”, disse Reed Hastings, que converteu a Netflix no Godzilla do mundo do entretenimento. “Mas é claro que não matamos Hollywood.”
Aos 59 anos, o grisalho e esguio Hastings ainda é um mistério na indústria que domina. “Ele é um enigma total por aqui”, diz um figurão de Hollywood.
Você não encontrará Hastings passando tempo com celebridades no San Vicente Bungalows. Ele não frequenta a piscina do Hotel du Cap, nem se exibe em estreias. Hastings pode aparecer numa fila em Sundance, mas ele não fura a fila.
Ele lançou um sistema de entrega de filmes, e agora sua empresa é uma das forças mais poderosas do cinema. Sem o menor drama, Hastings está arrancando a infraestrutura do capital do drama e a substituindo por sua própria.
Diretores de estúdios estão caindo, agentes estão esbaforidos, tentando acompanhar o que acontece, contratos blindados estão desaparecendo, a Disney está em choque, a Covid-19 semeia o pânico nos parques temáticos e cinemas e o movimento MeToo ainda está reverberando.
Em meio a todos esses abalos tectônicos, a Netflix tampou o sol. O streaming, ao qual as velhas potências e suas panelinhas se opuseram por tanto tempo, agora é o rei inconteste. Descanse em paz, Louis B. Mayer.
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