Fundado por um guru da extrema-direita apologista da violência, o bando é pró-Trump e quase contra tudo o resto
“A minha mensagem para os Proud Boys e para todos os outros grupos supremacistas brancos é: parem e desistam.” As palavras são de Joe Biden, na quarta-feira à tarde. “Não é isso que somos. Isto não é o que somos como americanos.” Na noite anterior, foi o próprio quem no debate com Donald Trump deu a deixa para que este bando de extrema-direita ganhasse visibilidade.
Questionado pelo moderador Chris Wallace se iria condenar milícias e grupos supremacistas brancos, o presidente e candidato a novo mandato disse que estava disposto a fazê-lo, mas não o fez e de pronto afirmou: “Diria que quase tudo o que vejo é da esquerda e não da direita. Estou disposto a fazer qualquer coisa. Quero ver paz.” Com Wallace e Biden a desafiá-lo a fazer a condenação, Trump virou o jogo: “Querem que os chame? Quem querem que chame? Deem-me um nome”, ao que Biden lançou “Proud Boys.”
A resposta foi rápida e curta e pode ter passado despercebida a muitos espectadores, embrulhada que foi em ruído (em pouco mais de hora e meia o Washington Post contou as interrupções feitas pelos candidatos: 71 por Trump e 22 por Biden): “Proud Boys, recuem e estejam a postos.” Em vez de condenar publicamente o racismo e o supremacismo, o presidente dos Estados Unidos acabara de piscar o olho a um grupo violento de extrema-direita.
Leia mais em Diário de Notícias