Equipas da OMS acusadas de exploração sexual na RD Congo

por Fernanda Mira

Mais de 50 mulheres acusam funcionários da OMS e de várias ONG de exploração sexual ocorridos quando a RD Congo enfrentava a epidemia do ébola.

A ONG The New Humanitarian revelou que recolheu depoimentos de mais de 50 mulheres que acusam a Organização Mundial da Saúde (OMS) e trabalhadores de várias ONGs de exploração sexual. Nos relatos, as mulheres indicam que receberam ofertas de sexo em troca da promessa de um emprego. 

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, já reagiu e ordenou uma investigação completa a estas acusações.

Em comunicado, a agência das Nações Unidas garante que ficaram “indignados” com as recentes alegações de abuso por parte de pessoas que afirmam trabalhar para a OMS. Essas ações “não são aceitáveis” , insistiu Ghebreyesus.

“Não toleramos nenhum comportamento desse tipo entre os nossos funcionários, nossos subcontratados ou nossos parceiros” , afirmou, lembrando que a instituição tem “uma política de tolerância zero contra a agressão sexual” .

“Todos os envolvidos terão que enfrentar as consequências de suas ações, até a demissão total”, garante o responsável da OMS na mesma nota.

Nova vaga de ébola

A RD Congo enfrenta, neste momento, uma nova vaga da epidemia de ébola, a décima primeira a atingir o país e que já causou 50 mortes desde junho. 

O anterior surto causou 2.287 mortes,em 3.470 casos entre agosto de 2018 e junho de 2020.

A epidemia de ébola na África Ocidental, entre 2013-2016, causou mais de 11 mil mortos, para cerca de 29 mil casos confirmados.

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