Capacidade esgotada no SEF. Governo põe migrantes em cadeias e quartéis

por Gonçalo Lopes
Valentina Marcelino

Os centros de instalação para migrantes estão esgotados e o Governo não se preparou para novos fluxos migratórios, como o do norte de África, de onde já chegaram 97 pessoas. Há migrantes em cadeias e quartéis

Os 24 marroquinos detidos, do grupo de 28 migrantes que desembarcaram clandestinamente dia 15 de setembro na costa algarvia, foram instalados no quartel do Exército de Tavira, com segurança militar e do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

É a primeira vez que instalações das Forças Armadas são utilizadas para deter migrantes, neste caso a aguardar a decisão do SEF.

O SEF alega que este quartel foi considerado a opção mais “adequada” para instalar estes migrantes que estão em quarentena (dois deles testaram positivo para a covid-19), mas, na verdade, na origem da decisão está o esgotamento da capacidade logística do SEF para instalar migrantes que aguardam a execução das decisões de expulsão.

O SEF tem apenas quatro espaços, o seu único Centro de Instalação Temporária (CIT), do Porto, e mais três espaços equiparados a CIT, nos aeroportos de Lisboa, Faro e Porto – com um total de cerca de uma centena de lugares.

Um novo centro previsto há vários anos para Almoçageme, Sintra, com espaço para cerca de 60 migrantes, e que o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, já anunciou, pelo menos, em 20182019 e 2020, ainda não está a funcionar.

Com a nova vaga de imigrantes do norte de África que se desloca por via marítima a pressionar a costa portuguesa, o Governo foi obrigado a improvisar alternativas. Assim há migrantes em cadeias e quartéis.

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