Militar brasileiro de comitiva de Bolsonaro vai cumprir pena por narcotráfico em Espanha

por Guilherme Rego

Um sargento brasileiro, detido em 2019 no aeroporto de Sevilha com 37 quilogramas de cocaína, vai cumprir a pena de seis anos de prisão em Espanha, indicou um tribunal sevilhano na quinta-feira.

Conforme relatado pelo Diário de Sevilla e confirmado à agência de notícias espanhola EFE por um dos advogados, o tribunal sevilhano aplicou o artigo 89 do Código Penal, que prevê que nas condenações por crimes graves, com penas superiores a cinco anos de prisão, possa ser exigido que a sentença seja cumprida na totalidade em Espanha.

Na quinta-feira, a justiça espanhola reafirmou a decisão de que o brasileiro terá de cumprir a totalidade da pena em Espanha e só poderá regressar ao seu país quando for libertado.

O sargento da força aérea brasileira acompanhava o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, numa deslocação ao Japão e admitiu em tribunal que transportava 37 quilogramas de cocaína na mala.

“A pessoa que me entregou [a droga] disse que o destino era a Suíça e que eu devia levá-la para a Europa”, explicou Manoel Silva Rodrigues no julgamento, acrescentando ter instruções para entregar a cocaína a uma homem desconhecido, num centro comercial espanhol.

“Tinha que ir com roupa de camuflagem, com uma camisa verde, e a outra pessoa iria reconhecer-me através de uma foto”, acrescentou Rodrigues, condenado em fevereiro a seis anos de cadeia e ao pagamento de uma multa de dois milhões de euros. O sargento está a cumprir a pena em Sevilha.

A droga foi avaliada em 1,4 milhões de euros.

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