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António Salvador: O nosso Governo tem tratado o futebol muito mal

Filipe Sousa

António Salvador deu uma entrevista ao canal de televisão do clube, a NEXT, onde abordou a venda de Trincão para o Barcelona e a intenção de Sá Pinto de dispensar o jogador, falou da saída de Ruben Amorim para o Sporting, e quer ver adeptos nas bancadas em breve.

Na entrevista que serviu de arranque da NEXT, António Salvador foi claro ao dizer que quer voltar a ter gente nos estádios. E, se compreendia que o último campeonato tivesse terminado sem adeptos, já tem mais dificuldade em perceber que a situação se repita no arranque da nova temporada.

“Não sou contra a Festa do Avante, contras as touradas, cinema ou teatro, mas é importante que os governantes percebam que o futebol é uma indústria importante para o país e que tem ainda mais segurança do que esses espetáculos”. O presidente do Braga faz uma comparação entre os eventos que já têm público e o futebol. E garante que os clubes estão mais do que preparados, como o próprio diz, estão”na linha da frente”.

E lembra a importância para a economia nacional. “O nosso Governo tem tratado o futebol muito mal. A indústria do futebol é uma indústria que contribui muito para o PIB português. Só nesta última década, o Braga pagou mais de 85 milhões de impostos ao Estado. Por causa da pandemia, o nosso Governo devia olhar para os clubes de forma diferente. Tem ajudado as outras empresas, e muito bem, mas entendo que o futebol também devia ter sido analisado e olhado de outra forma”.

O dirigente máximo dos arsenalistas ainda abordou a venda de Trincão para o Bancelona. Aquela que foi a mais lucrativa venda da história do clube, teve um episódio curioso, meses antes de atrair o interesse dos catalães. Em novembro de 2019, o treinador de então, Sá Pinto, comunicou à direção do clube que pretendia dispensar o jogador. Trincão ficou, o treinador saiu. O canhoto rendeu 31 milhões de euros e, apesar de vendido em janeiro, ainda representou os bracarenses até ao final da temporada.

Mais recente, a polémica com o Sporting em torno de Ruben Amorim. Conta Salvador que tentou segurar o técnico em Braga, oferecendo o dobro do salário. “Ele cá ganhava 300 mil euros, propus renovação por mais um ano a dobrar-lhe o salário, passar a ganhar 600 mil, mas quando há um clube que paga 2,5 milhões de euros não é possível, infelizmente, o Sporting de Braga acompanhar”.

Sobre a dívida, o presidente do SC Braga diz que valeu um telefonema do homólogo leonino. ” Frederico Varandas me fez uma chamada a justificar que não tinha condições de pagar e que queria fazer um acordo com o Braga”, contou, explicando que acredita que, desta vez, o Sporting vai cumprir. “Se quisesse ser mauzinho, pedia para o Sporting não cumprir, porque isso custaria mais 1,8 ME do que aquilo que já vai custar. Mas acredito cegamente que o Sporting vai cumprir o que foi estipulado no último acordo.”

Para o dirigente minhoto, tudo foi fruto de mau aconselhamento. “Percebo que tivessem esticado a corda, ou porque mal aconselhados pela sua área jurídica ou pela área financeira, mas o seu presidente teve a hombridade de me ligar e pedir para nos sentarmos à mesa e fazermos um novo acordo”.

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