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O Chefe do Executivo de Macau, Ho Iat Seng, disse, no final de junho, que a indústria do jogo pode resistir um pouco mais, pensando que a situação vai melhorar logo após a reabertura da fronteira. “No último quilómetro, as pessoas devem insistir? Mais cedo teremos boas notícias”. Estamos a caminhar o último quilómetro há mais de 2 meses, quanto tempo ainda precisamos caminhar?
Parece que no último quilómetro, as condições das estradas não são muito boas. A estrada está um pouco acidentada, esburacada. O visto de viagem do continente foi reposto – primeiro Zhuhai, depois toda a província de Guangdong, e com a expansão para todo o país ainda antes da Semana Dourada que começa a 1 de outubro. Penso que, mesmo assim, a indústria do turismo de Macau ainda vai levar muito tempo para se recuperar.
Quem perde é Macau e a sua economia, que no passado dependia dos turistas por muito tempo, está agora a enfrentar a realidade. A nossa economia logo se tornará mais fraca
Recentemente, foi relatado que uma das empresas de jogos VIP de Macau demitiu todos os funcionários. A viagem não está nada otimista quanto às perspectivas do jogo VIP, aquele que mais retorno dá aos casinos. É esperada uma situação muito pouco positiva durante a famosa Semana Dourada. Além disso, a diretora do Serviços de Turismo de Macau, Maria Helena de Senna Fernandes, afirmou publicamente que, ainda que a fronteira esteja aberta, prevê-se que poucos turistas venham a Macau porque têm de se adaptar às novas realidades, como, por exemplo, os testes de ácido nucleico ou os códigos de sáude. Senna Fernandes revelou que fez duas viagens recentes a Pequim e não fugiu ao procediemento. A verdade é esta: os procedimentos fronteiriços estão mais complicados do que antes e os turistas precisam adaptar-se novamente.
Quem perde é Macau e a sua economia, que no passado dependia dos turistas por muito tempo, está agora a enfrentar a realidade. A nossa economia logo se tornará mais fraca.
*Editor do canal chinês do Plataforma