“Não pode ser acidente”, diz delegado da Polícia Federal sobre incêndios no Pantanal

por Ricardo Oliveira Duarte

Documentos e celulares de fazendeiros do Mato Grosso do Sul foram apreendidos pela Operação Matáá, da Polícia Federal, deflagrada na segunda-feira, 14. O objetivo é investigar as queimadas que estão consumindo o Pantanal, maior bioma úmido do mundo. Os investigadores veem indícios de queimadas deliberadas para criação de área de pasto onde antes era mata nativa.

“As queimadas começaram em fazendas da região, em espaços inóspitos, dentro das fazendas, onde não há nada perto, o que nos faz entender que não pode ser acidente. Teoricamente, alguém foi lá para isso (colocar fogo)”, disse ao Estadão o delegado Alan Givigi. “O fogo nesse caso seria para queima da mata nativa para fazer pasto. Já que não pode desmatar, porque é área protegida, coloca fogo e o pasto aumenta, sem levantar suspeita”, acrescentou.

A investigação identificou que quase 25 mil hectares dos cerca de 815 mil já devastados pelo fogo este ano. Até o começo noite desta segunda, foram oficialmente cumpridos quatro de dez mandados de busca e apreensão, sendo dois na capital Campo Grande, e outros dois em Corumbá, onde estão concentradas as ações. Os seis mandados restantes são na zona rural de Corumbá, em propriedades onde imagens de satélite identificaram que o fogo teve origem.

Leia mais em ISTOÉ.

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