A Organização Iraniana de Energia Atómica (OIEA) confirmou este domingo que há 1044 centrifugadoras em funcionamento na central de Fordo, depois que Teerão decidiu começar a desvincular-se do acordo que envolve o programa nuclear do país.
A suspensão das atividades de enriquecimento de urânio na central de Fordo, próxima à cidade sagrada de Qom, foi um dos compromissos assumidos pelo Irão no acordo internacional assinado em Viena em 2015, destinado a limitar seu programa nuclear em troca de um levantamento progressivo das sanções contra a república islâmica.
Em maio de 2019, um ano após a retirada unilateral dos Estados Unidos do pacto e o restabelecimento por Washington das sanções contra Teerão, o Irão anunciou que deixaria de honrar alguns de seus compromissos, o que gerou indignação em França, Reino Unido, Alemanha (que assinaram o acordo) e União Europeia.
O anúncio da atividade de enriquecimento por 1.044 centrifugadoras foi feito hoje por Ali Akbar Slehi, chefe da OIEA, à agência oficial do Parlamento, Icana. “Nós havíamos prometido que estas 1.044 máquinas não enriqueceriam urânio, mas isto ocorre devido à nossa retirada do compromisso e das nossas necessidades”, assinalou, explicando que o Irão estava a armazenar urânio enriquecido.
Segundo o acordo, Teerão deveria limitar o armazenamento de urânio enriquecido, o nível deste enriquecimento, o número de centrifugadoras e o desenvolvimento de centrifugadoras avançadas, porém o país decidiu desvincular-se de todos estes pontos.