A Maternidade Lucrécia Paim, em Luanda, atende, por mês, entre 60 e 90 casos de crianças abusadas sexualmente por familiares diretos e vizinhos. Os números crescem, de forma exponencial, sobretudo neste período em que as famílias estão confinadas devido à Covid-19
Ao Jornal de Angola, a directora-geral da referida Maternidade, Manuela Mendes, atestou que a situação está a deixar os médicos e enfermeiros apreensivos, em razão dos casos assustadores que todos os dias chegam àquela unidade hospitalar.
“Todos os dias recebemos crianças brutalmente violentadas pelos mais velhos e, no geral, pessoas próximas. São violências terríveis que destroem os órgãos sexuais das meninas de seis meses e um ano”, revela a médica gino-obstetra.
Manuela Mendes admite que a sociedade está doente e apelou para o reforço da educação dos homens. “Não é fácil operar uma criança violentada…” anotou a médica, que defendeu o aumento das penas para os homens apanhados a violentar crianças.
Na quinta-feira, uma paciente, cuja idade não foi citada, foi violada e espetada com uma faca na vagina. Das duas a três crianças que vão diariamente à sala de cirurgia por abuso sexual, têm como algozes o pai, padrasto, irmão, primo, avó e vizinho.
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