Fórum Euro-África aproxima continentes

por Gonçalo Lopes

A directora da empresa de saúde Flying Doctors, Ola Orekunrin, considerou, sexta-feira, que a corrupção “não é um problema africano, mas global” e denunciou que “o dinheiro que sai de África acaba em bancos europeus ou asiáticos”.

Ao intervir no debate com o título ‘Made in Africa: Emerging & Fast Track Business’, inserido no Fórum Euro-África, que decorreu em vídeo-conferência, a partir de Lisboa, esta empreendedora nigeriana, formada em Londres, defendeu que o desenvolvimento de África tem de assentar no comércio e na alocação de capital porque “a ajuda nunca desenvolveu nenhuma economia”.

O foco da relação entre os dois continentes tem de mudar, salientou: “Temos de mudar o paradigma, deixar de pensar em aliviar ligeiramente a pobreza através da ajuda internacional e receber electricidade, capital, capacidade, menores barreiras comerciais, e focarmo-nos em criar prosperidade, e, assim, as economias desenvolvem-se e a governação acaba, também, por melhorar”.

O director do Programa Africano da Chatham House, Alex Vines, considerou que a má governação e a corrupção são dos principais entraves ao crescimento das empresas em África, defendendo o comércio em vez de ajuda. “Segundo centenas de entrevistas que fizemos em vários países africanos, as maiores impedimentos ao crescimento das empresas são a má governação e a corrupção”, disse o responsável, no debate que marcou o início do segundo e último dia do Fórum Euro-África.

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