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“Ex-samurais achavam que mereciam privilégios especiais e não davam bons soldados”

Leonídio Paulo Ferreira

Michael Wert, professor de História da Ásia Oriental na Universidade Marquette, nos Estados Unidos, é o autor de Samurais – Uma História Concisa, agora publicado pel’A Esfera dos Livros. O autor desfaz alguns mitos sobre estes guerreiros japoneses, que desapareceram com a modernização do Japão.

Quão importante foi a derrota final dos samurais para a ascensão do Japão moderno nas décadas de 1860 e 1870?
A eliminação do grupo de estatuto samurai permitiu ao Japão começar o seu movimento para uma forma mais representativa de governo e abolir gradualmente a discriminação com base nos estatutos sociais. Não foi um processo perfeito, surgiram outras formas de discriminação, e o governo representava os interesses dos ricos e da elite. Mas mesmo assim era uma melhoria face ao sistema de estatuto hereditário. Mais, abolir o estatuto de samurai permitia ao governo nacional criar um sistema de impostos centralizado, forças armadas centralizadas, burocracia centralizada, etc.

Era possível o imperador Meiji integrar alguns samurais no exército moderno?
Os oligarcas Meiji queriam abrir as forças armadas a todos homens independentemente do seu estatuto prévio. De facto, em muitos casos, os homens que não eram samurais eram preferíveis porque eram mais fáceis de treinar, e não tinham o lporgulho altivo de muitos ex-samurais que achavam que mereciam privilégios especiais e reconhecimento por terem sido samurais. Muitos samurais estavam infelizes com o novo tipo de forças armadas e o seu papel reduzido nestas.

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