Embaixada portuguesa em Díli informa sobre possível voo de Portugal

por Guilherme Rego

A Embaixada de Portugal em Díli informou hoje sobre a possibilidade da realização de um voo comercial que permitirá o regresso de professores portugueses a Timor-Leste e a saída do país de vários cidadãos portugueses

Numa curta mensagem na sua página na rede social Facebook a missão diplomática explicou que, a concretizar-se, o voo ocorrerá no início de setembro e será operado pela companhia portuguesa EuroAtlantic Airways.

O custo total da viagem será suportado pelos passageiros, informou a embaixada, que solicitou a eventuais interessados na vinda para Timor-Leste ou na saída do país que contactem diretamente a secção consular.

O voo permitirá o regresso a Timor-Leste de professores da Escola Portuguesa de Díli e do projeto das escolas CAFE (Centros de Aprendizagem e Formação Escolar) que saíram no início de abril e estão ainda sem poder regressar.

O voo foi proposto pela própria EuroAtlantic em resposta à preocupação com a falta de ligações comerciais regulares de e para Timor-Leste, suspensas indefinidamente desde final de março.

A empresa já tinha operado no início de abril um voo entre Díli e Lisboa que permitiu a saída de Timor-Leste de cerca de 150 pessoas, a quase totalidade cidadãos portugueses.

As restrições continuam a condicionar bastante as ligações de e para a ilha, com as autoridades de aviação a manterem por tempo indefinido a proibição da realização de voos comerciais regulares ou ‘charters’.

Atualmente apenas operam voos da Austrália, através de um acordo com a AirNorth – praticamente limitados a cidadãos australianos – e um voo quinzenal do Programa Alimentar Mundial (PAM) com acesso restrito a funcionários de embaixadas e missões internacionais, colaboradores e membros das agências das Nações Unidas.

Uma situação que torna impossível a outros cidadãos, tanto timorenses como estrangeiros, entrar ou sair do país, isolado desde março.

Residentes em Timor-Leste que não conseguem regressar, timorenses e outros que precisam de sair, inclusive para receberem tratamentos médicos, turistas que estão retidos no país há vários meses, entre outros, continuam sem solução.

Timor-Leste tem relaxado as medidas de controlo, mantendo fortes restrições à entrada aérea – estão proibidos voos comerciais – e limites nas entradas terrestres, continuando a conduzir para quarentena ou autoconfinamento todos os que chegam ao país.

Timor-Leste tem atualmente um caso ativo de covid-19, mas a preocupação no país tem vindo a crescer devido ao aumento no número de infetados nos países vizinhos, quer na Indonésia, quer na Austrália.

Recentemente, o Governo timorense anunciou mais restrições nas entradas de pessoas na fronteira terrestre, permitindo a abertura apenas a cada 17 dias, como medida para responder às limitações atuais nos locais de quarentena, no âmbito da resposta à covid-19.

Desde 11 de agosto, as fronteiras terrestres com a Indonésia passaram a estar abertas apenas quatro horas a cada 17 dias, com um limite máximo de entrada de 200 pessoas e a prioridade a ser dada a cidadãos timorenses.

No caso de transporte de mercadorias, as fronteiras estarão abertas duas horas todas as terças-feiras.

O Governo informou que todos os cidadãos nacionais e estrangeiros que queiram entrar no país, por terra ou ar, têm obrigatoriamente de cumprir um período de 14 dias de quarentena.

Antes de entrar no país, têm de solicitar autorização, apresentando testes negativos de covid-19.

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