Contra tudo e contra todos, o PCP faz avançar a sua festa anual, agora já em fase final de construção na propriedade que os comunistas compraram no Seixal, a Quinta da Atalaia. O DN visitou o espaço. Um dos organizadores reconheceu que, dentro do partido, “tudo foi ponderado”, até a hipótese de, neste ano, o evento não se realizar.
Nos tempos pré-pandemia, um dos espaços tradicionais na Festa do Avante! era o da reconstituição do prelo onde o jornal do PCP era impresso nos tempos da clandestinidade. Havia pequenas máquinas muito primitivas facilmente deslocáveis de um lado para o outro e facilmente ocultáveis. O espaço era reconstituído, com as máquinas ainda a funcionar. E para as pôr a funcionar, recriando-se o espírito da época, mobilizavam-se velhos camaradas ainda do tempo da clandestinidade.
Desta vez, para desgosto dos velhos militantes que alinhavam nessa recriação, tal não vai acontecer. Numa visita feita nesta sexta-feira de manhã pelo DN ao espaço, ainda em construção, daquilo que será a Festa do Avante! dos próximos dias 4, 5 e 6 de setembro. No sítio do costume, a Quinta da Atalaia, na Amora, Seixal, um dos responsáveis pela Festa, Paulo Lóia, funcionário do partido de que é militante desde 1979, explica que a decisão não teve apenas a ver com o facto de a recriação envolver pessoas idosas. Mais importante do que isso foi o facto de aquele espaço suscitar muita curiosidade dos visitantes. “Não vamos ter mais pontos de concentração de pessoas do que os necessários.”
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