Associação francesa pede fim da exploração de patos para foie gras

por Filipa Rodrigues
AFP

Um vídeo publicado nesta quinta-feira (19) por uma associação de defesa dos animais denuncia as terríveis condições de um criadouro de patos no sudeste da França destinado à fabricação do apreciado foie gras e pede seu fim “urgente e definitivo”.

Para a associação L214, as condições em que vivem os animais chegaram “ao cúmulo do horror”.

Os locais são “totalmente insalubres”, há animais mortos em “decomposição”, as jaulas “caem aos pedaços”, os patos vivem sobre uma espessa camada de “excremento” que “desborda para o exterior”, e há minhocas e ratos neste criadouro de Lichos, nos Pireneus Atlânticos, a 50 km de Pau.

Os patos vivos, cerca de 150, vivem nestas condições, denuncia a associação.

As fotos e os vídeos publicados na internet pela associação foram feitos “há alguns dias” em agosto, depois de uma denúncia. “Mostram o pior criadouro que já vimos desde o início da L214” em 2008, garantiu Sébastien Arsac, diretor de investigação da entidade.

O Ministério da Agricultura, que soube da existência do vídeo, declarou nesta quinta-feira que irá investigar o caso, mas afirmou tratar-se de um caso isolado.

O advogado da L214 apresentou na quarta-feira uma denúncia por “crueldade contra os animais”, “abandono” e “delito contra o meio ambiente”, em função dos riscos para um riacho vizinho devido aos excrementos que transbordam do local.

A L214, uma associação hostil à criação de animais e ao consumo de todos os produtos de origem animal, milita pelo fechamento de todos os matadouros. A entidade tem como alvo a exploração do setor de foie gras, um símbolo da gastronomia francesa feito a partir do fígado do pato forçosamente alimentado à exaustão.

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