As respostas da ciência para enfrentar uma segunda vaga

por Filipe Sousa

Como melhorar a ventilação em ambientes fechados ou qual o papel das crianças no transmissão do vírus são alguns dos problemas que a Universidade Johns Hopkins considera que os cientistas deviam trabalhar para o mundo ter melhor resposta à pandemia.

Aciência tem dado resposta, na medida do possível, a muitos dos problemas causados pela covid-19. Mas permanecem muitas dúvidas, em diversos níveis, que podem eventualmente ser desfeitas. A pensar nisso, a Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, cujos estudos e especialistas têm sido referência ao longo da pandemia, publicou um documento em que são enumeradas seis questões que devem ser resolvidas para enfrentar a segunda vaga. Os autores falam em problemas como as formas de contágio, a importância da ventilação em espaços fechados ou o papel das crianças, mais ainda quando as escolas vão reabrir.

O trabalho, assinado entre outros pela epidemiologista Caitlin Rivers e pelo diretor do Centro Johns Hopkins de Segurança Sanitária, Tom Inglesby, tem como objetivo preparar a resposta dos EUA à segunda vaga: “É um desafio que vai muito além do que qualquer Estado, território ou comunidade pode enfrentar sozinho. Apenas a nossa ação coletiva vai gerar a mudança necessária para retomar o controlo”. Ficam os principais pontos em que o relatório diz que a ciência pode trabalhar em melhores respostas.

Sistemas de ventilação

Pelos dados dos últimos meses, verifica-se que o contágio proporciona-se mais facilmente em ambientes fechados do que ao ar livre. Sabe-se que a diferença pode ser quase 20 vezes maior. Por isso, os autores do relatório questionam: “Existem soluções de engenharia para melhorar os sistemas de ventilação em edifícios que podem ser feitas de forma rápida e barata?”

Os especialistas recomendam que o lazer, o trabalho e a aprendizagem sejam transferidos para o exterior: “Se as atividades que normalmente seriam realizadas em ambientes fechados pudessem ser deslocadas para fora, isso permitiria continuar com maior segurança”. Especialistas em qualidade do ar têm exigido que seja enfatizada a importância da ventilação constante em ambientes fechados, pois tem sido observado que o fluxo de ar externo pelas janelas e portas, ou bons sistemas que renovam o ar são medidas essenciais para evitar que partículas contendo vírus flutuem até infetarem alguém. Mas ainda há questões não resolvidas em relação aos equipamentos de filtragem de ar e outros sistemas que podem ser úteis onde a ventilação não é possível.

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