“Não é aceitável que um continente jovem como África tenha líderes com idades acima de 60 anos”

por Guilherme Rego

Mmusi Maimane, ex-líder da Aliança Democrática (AD), um dos mais importantes partidos da oposição na África do Sul, encoraja a massificação da participação dos jovens nos processos democráticos.

Mmusi Maimane concedeu uma entrevista ao MOZEFO Young Leaders, onde explica que, embora a política seja uma área que imponha alguns limites à juventude, há sempre oportunidades e espaços de intervenção política por parte dos jovens.

“Penso que estando a viver no continente africano, com países maioritariamente em desenvolvimento, dá-nos melhores oportunidades de mobilizarmos jovens”, disse. Mas, para que tal aconteça, o político considera imperativo que haja um determinado cresciment e evolução na educação que se propõe aos jovens. “Os nossos resultados da educação têm que melhorar para que possamos ter jovens bem formados e informados, com uma cultura de direitos humanos e a participação na defesa dos seus interesses”, e acrescentou “Por isso, quero exortar para que não se deixem manipular pelos líderes mais velhos que simplesmente precisam do seu voto e não das suas ideias”.

Mais uma vez, considera a educação e formação de qualidade um pilar fundamental para que se evite situações em que os mais novos sejam manipulados.

Maimane vai ainda mais longe, referindo que, a partir de uma certa idade, deixa de fazer sentido uma pessoa considerar uma presidência ou qualquer cargo de ampla importância no desenvolvimento e futuro de um país. “Não se aceita que em África, sendo um continente jovem, a maioria dos nossos líderes e presidentes tenha idade acima dos sessenta anos, por isso quero encorajar a participação dos jovens nos processos democráticos”, reflete.

Este forte apelo para que os jovens se mobilizem nos processos democráticos do continente africano tem um fundamento. Segundo Maimane, os jovens preocupam-se mais com “questões ambientais, emprego ou educação” e, infelizmente, “a maioria dos líderes em África não ouve a voz dos jovens”.

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