Exportações de Hong Kong para os EUA com etiqueta ‘Made in China’

por Guilherme Rego

Decisão advém da guerra comercial entre China e Estados Unidos da América

Os produtos feitos em Hong Kong para exportação para os EUA terão que ser rotuladas como ‘Made in China’ após 25 de setembro, de acordo com o governo norte-americano.

A medida, de acordo com a imposição da Lei de Segurança Nacional, bem como da invocação da ordem executiva de Donald Trump, fará com que as empresas de Hong Kong sejam sujeitas às mesmas tarifas cobradas aos exportadores da China continental, caso sujeitem os produtos a essas obrigações.

Será publicado um aviso no Registro Federal dos EUA a 11 de agosto, estipulando que “45 dias após a data de publicação”, os bens “devem ser marcados para indicar que sua origem como sendo China”. A mudança deve-se “à determinação de que Hong Kong não é mais autónomo o suficiente para justificar um tratamento diferenciado em relação à China”.

O governo de Hong Kong disse, entretanto, em comunicado que tinha interposto uma ação na Organização Mundial do Comércio, da qual é um membro separado, acusando os EUA de semear “confusão e prejudicar os interesses de todas as partes, incluindo dos próprios”.

O comunicado disse que a medida dos EUA para reclassificar as exportações de Hong Kong “refletiu o desrespeito dos EUA pelo status de Hong Kong como um membro separado da OMC”.

Hong Kong tem um déficit comercial maior com os EUA do que com qualquer outra economia, embora tenha caído 16% no ano passado, para 26 mil milhões de dólares. De janeiro a maio deste ano, as exportações de Hong Kong para os EUA caíram 22,3% em volume em comparação com o ano anterior.

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