A Rússia anunciou esta terça-feira que registou a primeira vacina para a covid-19, batizada de “Sputnik V”, que vai começar a ser fabricada em setembro e entrará em circulação em 1 de janeiro do próximo ano, sendo que 20 países já pré-encomendaram um milhão de doses. Mas, segundo a OMS, existem outras 26 “vacinas candidatas”.
O presidente russo, Vladimir Putin, apanhou o Mundo de surpresa ao anunciar, esta terça-feira, que a nova vacina, “Sputnik V”, em homenagem ao satélite soviético, conferia “imunidade estável” contra o novo coronavírus.
“Esta manhã foi registada, pela primeira vez no Mundo, uma vacina contra o novo coronavírus”, disse Putin. “Sei que é bastante eficaz, que dá uma imunidade duradoura”, acrescentou, informando que uma das duas filhas já recebeu uma dose da vacina, desenvolvida pelo Centro Nacional de Investigação Gamaleya e pelo ministério da Defesa russo, e está a sentir-se bem.
Definida como uma vacina vetorial – o que significa que emprega outro vírus para transportar a resposta imunológica para as células humanas -, a Sputnik é baseada numa tecnologia semelhante a um protótipo chinês.
A vice-primeira-ministra russa Tatyana Golikova disse esperar que a vacinação possa começar dentro de semanas, mas os detalhes sobre o processo são escassos.
Na semana passada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) instou Moscovo a seguir as diretrizes estabelecidas e a “passar por todos os estágios” necessários para desenvolver uma vacina segura. Cientistas de vários países afirmam que a corrida precipitada às vacinas contra o novo coronavírus pode ter um efeito negativo.
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