Em 1992, atriz foi morta a punhaladas pelo ator com quem contracenava na telenovela em exibição no Brasil e em Portugal. Hoje, Guilherme de Pádua, solto desde 1999, é pastor evangélico e fervoroso apoiante do presidente Jair Bolsonaro.
Horas antes de ser condenado pelo Senado Federal, Fernando Collor de Mello decidiu renunciar à Presidência da República, naquele 29 de dezembro de 1992. E, no entanto, a notícia de que pela primeira vez na história do Brasil um presidente eleito era afastado por impeachment não foi a abertura dos telejornais. O corpo da atriz de 22 anos Daniella Perez fora descoberto num terreno baldio do Rio de Janeiro. Se fosse viva, ela faria hoje 50 anos.
O crime ganhou ainda mais repercussão por Daniella estar a atuar na telenovela do horário nobre da TV Globo, De Corpo e Alma, também em exibição em Portugal por aquela altura (foi a primeira novela brasileira da história da recém criada SIC). E, sobretudo, por o principal suspeito do crime ser o ator Guilherme de Pádua, 23 anos, com quem Daniella contracenava – protagonizavam um casal romântico, Yasmin e Bira, que acabara de romper na novela.
Ao fim da tarde de 28 de dezembro, Daniella, que era casada com o ator Raul Gazzola, e Guilherme, casado com a contabilista Paula Thomaz, grávida de 4 meses na época, gravaram a cena do fim da relação.
Segundo testemunhos de funcionários, Guilherme chorou em seguida: ele temia que, dessa forma, o seu papel fosse substancialmente reduzido e atribuía a Daniella e à sua mãe, Glória Perez, autora da novela, a decisão. Para ele, como Daniella rejeitara o seu assédio, a separação na novela era retaliação das duas a essas aproximações.
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