Tóquio 1964, os Jogos que fizeram da cidade uma montra do futuro

No fim de julho, os Jogos Olímpicos de Tóquio estariam a chegar à metade. Velocistas, saltadores, lançadores, halterofilistas e, pela primeira vez, skatistas, estariam reunidos na mais populosa cidade do planeta. Que o fã-clube de Simone Biles me perdoe, mas a modalidade que mais me entusiasmava é o andebol.
Não pelo desporto, mas pelo ginásio. As partidas de andebol seriam disputadas no Ginásio Nacional de Yoyogi, um marco da arquitetura moderna japonesa, projetado por Kenzo Tange. O traço que define o ginásio é sua cobertura, imensa e inclinada, formada por duas catenárias —ambos de aço estendidos entre pilares de concreto, como uma ponte pênsil— e hastes perpendiculares que se curvam desse eixo em direção ao solo.
Anos atrás, pedalando no parque Yoyogi, lembro-me de ter feito uma pausa diante dos painéis soldados que formam a cobertura da ginásio, admirando as marquises de aço. O ginásio provavelmente seria a mais glamorosa das estruturas em uso na Olimpíada deste ano, anda que tenha sido construído mais de meio século atrás.
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