Bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, insiste que, nos casos mais específicos dos lares, “é preciso acompanhar de perto, perceber o que está a acontecer”. E recomenda mais gente, em mais locais.
Obastonário da Ordem dos Médicos defende que a Direção-Geral de Saúde (DGS) deve acompanhar mais de perto situações como a do lar de Reguengos de Monsaraz, onde um surto de Covid-19 matou 18 pessoas.
“É preciso que a DGS controle mais de perto estas situações que envolvem lares”, afirma o bastonário, Miguel Guimarães, em declarações à agência Lusa, sublinhando: “Nesta altura de pandemia, a DGS deveria ter mais tentáculos, mais pessoas que permitissem atuar mais longe”.
Miguel Guimarães insiste que, nestes casos mais específicos, “é preciso acompanhar de perto, perceber o que está a acontecer e saber se as coisas estão a ser feitas como deve ser. A nossa intervenção mais ou menos correta pode salvar mais ou menos vidas”.
O relatório da comissão de inquérito da Ordem dos Médicos, a que a Lusa teve acesso, concluiu que o lar de Reguengos de Monsaraz onde um surto de Covid-19 provocou a morte de 18 pessoas não cumpria as orientações da DGS e aponta responsabilidades à administração.
O documento diz que não era possível cumprir “o isolamento diferenciado para os infetados ou sequer o distanciamento social para os casos suspeitos”.
“Não existia, por exemplo, definição de circuitos de limpos e de sujos, o que foi feito apenas a 26 de junho, nove dias depois de ter sido confirmado o primeiro caso”, sublinha o relatório da auditoria.
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