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Belenenses olha para o topo sem dívidas e com projetos em marcha

O histórico clube português de Lisboa teve que descer ao inferno para se voltar a reerguer, muito por culpa da truculenta relação que teve (e ainda tem) com a SAD, liderada por Rui Pedro Soares – mesmo depois de vendidos os 10% da posição do clube naquela empresa ao advogado Ricardo Sá Fernandes

O Clube de Futebol “Os Belenenses”, este ano a competir na I Divisão Distrital da Associação de Futebol de Lisboa, está a um passo dos campeonatos nacionais. Para tornar o percurso menos penoso, a direção do clube – presidida pelo advogado Patrick Morais de Carvalho – tem vindo a criar condições para que o clube consiga chegar à I Liga o mais rápido possível. Contudo, sempre com os pés bem assentes no chão.

A semana passada o Belenenses e a companhia de supermercados LIDL assinaram um contrato que visa a requalificação do complexo desportivo do Estádio do Restelo. O projeto contempla a construção de uma loja da empresa com direito de superfície por 50 anos. Com o dinheiro pago pela cadeia de distribuição alimentar, o Belenenses consgue pagar uma dívida ao BANIF/Oitante no valor de 5 milhões de euros – levantando penhoras complicadas sobre o Estádio do Restelo -, bem como regularizar uma outra dívida, esta à Segurança Social, no valor de 260 mil euros.

A este passo de gigante para a sustentabilidade financeira que o clube não tinha há décadas, veio juntar-se o Bingo, cuja concessão e exploração foi renovada por mais 20 anos e ainda à bomba de gasolina da Repsol já existente no complexo desportivo, mas recentemente deslocada para outro lugar.

De contas limpas, e com o número de sócios pagantes a aumentar dia após dia, os últimos tempos da vida do clube centenário têm sido positivos. O presidente Patrick Morais de Carvalho afirmou, ao lado do famoso banco de pedra onde foi fundado o clube em 1919, durante a assinatura da escritura pública com o LIDL que “este é um dia histórico para o futuro do Belenenses”. “Agora, devemos zero”, revelou.

Esta modernização do complexo desportivo é “determinante e vital para manter o ecletismo”, por um lado, e “devolver o Belenenses à I Liga”, que é “a grande tarefa” que a direção terá pela frente nos próximos “três ou quatro anos”. “Vamos estar mais fortes que a generalidade dos clubes em Portugal quando chegarmos à I Liga. Porque estamos limpos”, assegurou.

(PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP)

Patrick Morais de Carvalho revelou ainda que o clube tem de construir um novo pavilhão e mais dois campos de futebol, bem como é “imperioso requalificar a zona das piscinas”.

O clube, muito por culpa dos insucessos do passado presente, bem como da ‘guerra’ com a SAD só tem, atualmente 10 mil sócios. “Já tivemos 33 mil, em 2011, mas perdemos muitos sócios quando foram desmembradas as piscinas.” recordou.

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