Caso único, Brasil passa de 200 mortes de grávidas por Covid-19

por Gonçalo Lopes
Cláudia Collucci

Estudo mostra que 22,6% das mulheres mortas no país não tiveram acesso a um leito de UTI

Patrícia Albuquerque, 38, de Colíder (MT), morreu no último sábado (25) sem conhecer a filha, Ana Beatriz.

A menina nasceu com 34 semanas de gestação há pouco mais de um mês, quando a mãe foi internada num hospital de Goiânia (GO) por complicações da Covid-19.

A estudante de psicologia Patydan Castro, 34, de Rio Branco (AC), estava grávida de seis meses ao ser intubada em 12 junho também com a forma grave da infecção.

O bebê morreu três dias depois, após o parto na UTI onde a mãe estava em coma induzido. Ela se foi depois de oito dias.

A fisioterapeuta Viviane Albuquerque, 33, morreu em 5 de abril no Recife (PE). O filho havia nascido um dia antes, com 31 semanas, após uma cesariana de emergência feita pelo agravamento do quadro de Covid-19 da mãe.

O bebê sobreviveu.

Os casos se somam aos de outras 201 mulheres que morreram nos últimos meses na gestação ou no pós-parto após diagnóstico de Covid-19. Ao todo, são ao menos 1.860 casos da doença notificados nesse grupo de mulheres no país até o último dia 14 de julho.

Os números são do Sivep-Gripe (Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe) e estão sendo compilados por um grupo de obstetras e enfermeiras de 12 universidades e instituições públicas, entre elas, Fiocruz, USP, Unicamp e Unesp, que acompanha a mortalidade materna durante a pandemia.

Leia mais em Folha de S. Paulo

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