Pedreiro hoje com 71 anos cometia crimes sobre oito filhas e netas, em Tomar. Dois filhos também herdaram desvios comportamentais. Ficaram em prisão preventiva.
É um historial de violência, alimentado pelos maus-tratos físicos e pela chantagem psicológica, que impressionou até os mais experientes investigadores da Polícia Judiciária (PJ). Ao longo das últimas quatro décadas, oito mulheres, entre elas várias menores, foram violadas, abusadas sexualmente e sujeitas a violência doméstica, pelo avô, pelos pais e pelos tios. Viviam todas na mesma localidade, no concelho de Tomar, e todas mantiveram o silêncio em relação ao terror, que foi passando de geração em geração.
Há duas semanas, um dos familiares suspeitou que a sua filha tinha sido abusada e apresentou queixa na GNR. A PJ de Leiria entrou em campo e apurou os contornos de uma “história escabrosa”, que terá começado com um dos suspeitos, de 71 anos, a abusar das filhas, há mais de 40 anos.
O desvio comportamental do pedreiro terá sido herdado por dois dos sete filhos, agora com 38 e 43 anos, e o historial de violações e abusos foi-se perpetuando no tempo… Até quinta-feira, dia em que a PJ procedeu à detenção dos três homens e reuniu prova para os indiciar por crimes de abuso sexual de crianças, violação e violência doméstica. As vítimas, com idades entre cinco e 68 anos, “terão sido sujeitas a atos sexuais de relevo, bem como maus-tratos físicos e psíquicos”, revelou ontem a PJ.
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