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Transportadores moçambicanos queixam-se de avultados prejuízos devido a pandemia

Transportadores moçambicanos queixaram-se hoje de avultados prejuízos nas receitas devido às limitações no número de passageiros impostas pelo Estado de Emergência face à covid-19.

“A redução [dos passageiros] é na ordem de 35 a 40%, mesma percentagem se verifica na receita final, não há rendimento”, disse à Lusa Castigo Nhamane, presidente da Federação Moçambicana das Associações dos Transportadores Rodoviários (Fematro).

O decreto que aprova o estado de emergência, em vigor desde 01 de abril no país, impõe limitações no número de passageiros para evitar a propagação da doença, obrigando aos transportadores a respeitarem rigorosamente a lotação dos furgões e autocarros, o que não acontecia.

“Mas porque se trata de saúde pública, temos de continuar a trabalhar empenhados nas medidas de prevenção para que a pandemia não se alastre”, disse Castigo Nhamane.

Na segunda-feira, transportadores da província de Maputo paralisaram as atividades alegando “injustiça” na medida que limita o número de passageiros, principalmente para os furgões, que devem levar atualmente 15 passageiros por viagem.

“Os motoristas queriam continuar a carregar normalmente”, disse à Lusa José Massango, presidente da União dos Transportadores de Maputo (Utramap).

O presidente do conselho autárquico da Matola reuniu com as associações, tendo pedido compreensão.

“Não prejudiquemos o munícipe que quer ser transportado. Já estamos com a situação difícil ao sair de casa e não ter como voltar. Por favor, pensem nisso”, disse Calisto Cossa às associações, que mais tarde puseram fim a manifestação.

O Conselho Autárquico da Matola absteve-se de cobrar uma taxa anual de cerca de quinhentos meticais (6 euros)como forma de minimizar o impacto das medidas de restrição para os transportadores.

Moçambique conta com um total de 1.590 casos de covid-19, 11 óbitos e 532 recuperados, segundo as últimas atualizações.

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