O Parque Nacional da Gorongosa, o principal Parque Nacional de Moçambique, localizado na província central de Sofala, assinalou, dia 23, os 60 anos da sua criação. A cerimónia oficial contou com apenas 20 convidados devido à pandemia, mas um deles foi o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi.
Depois de ter estado no centro da guerra civil do país, o Parque emergiu devastado, mas recuperou nas últimas décadas, e agora é reconhecido como um lugar onde uma restauração bem-sucedida está a beneficiar a natureza, a vida selvagem e os seres humanos.
O forte enfoque do Parque no emprego e na educação da população local é uma pedra angular da sua reconstrução, por isso é apropriado que a construção de 60 novas escolas tenha sido anunciada durante a cerimónia dos 60 anos.
Estas escolas criarão um vínculo duradouro entre a natureza, as gerações futuras e o mundo sagrado do Parque Nacional da Gorongosa. A Administração do Parque, agradeceu à todos os que contribuíram e contribuem para fazer da Gorongosa um Parque maravilhoso.
Na ocasião, o Presidente, Filipe Nyusi apelou para a responsabilidade coletiva em relação à proteção do meio ambiente, que deverá manifestar-se “nas atitudes sobre as políticas energéticas da terra, florestas, a caça, a fauna bravia e o turismo, num equilíbrio entre os interesses económicos e a necessidade de um futuro sustentável das próximas gerações”.
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“O Governo estará sempre na linha da frente da batalha em prol da conservação da biodiversidade no país, optando por parcerias que tragam mais valias não só para a conservação da biodiversidade, mas também na inclusão das pessoas circunvizinhas na gestão dos recursos naturais”, disse Nyusi.
O presidente realçou, ainda, que as celebrações da efeméride acontecem 15 meses depois da ocorrência do ciclone Idai e Keneth, que destruíram bens e meios de subsistência das comunidades, para além de ceifar vidas e destruir infra-estruturas, incluindo do próprio Parque Nacional de Gorongosa.
“Estes fenómenos extremos são um alerta para todos nós sobre a forma como olhamos o meio ambiente e, em particular, para a conservação da biodiversidade”, sustentou o estadista moçambicano.