A Pensana Rare Earths Plc, que detém a concessão do projeto de terras raras de Longonjo, na província angolana do Huambo, anunciou que está em negociações com uma empresa chinesa para a construção da mina.
Num comunicado enviado à Bolsa de Valores da Austrália na segunda-feira, a Pensana anunciou que a empresa estatal chinesa China Great Wall Industry Corp poderá ser nomeada como empreiteira dos trabalhos de engenharia, contratação e construção do projeto.
A China Great Wall prometeu ainda ajudar a Pensana a obter financiamento junto de bancos comerciais chineses, recorrendo a um seguro de crédito da China Export and Credit Insurance Corp, uma seguradora estatal chinesa.
O financiamento chinês, a ser pago num período máximo de 10 anos, poderia ir até 85 por cento do custo de desenvolvimento do projeto.
No comunicado, o Presidente da Pensana, Paul Atherly, disse que a China Great Wall tem “um historial de sucesso no desenvolvimento de grandes projetos em Angola e financiamento da China”.
O projeto de Longonjo foi aprovado pelo Presidente angolano, João Lourenço, e obteve financiamento do Fundo Soberano de Angola, sublinhou Paul Atherly.
A Pensana, já listada na Austrália, listou-se também no mercado principal da Bolsa de Valores de Londres, em 06 de julho.
No prospeto da listagem, a empresa aponta que uma “grande proporção” dos seus clientes estará na China, onde a procura por terras raras está a aumentar, com o país asiático a prever a instalação de projetos eólicos com uma capacidade total de 250 gigawatts até 2040.
O documento refere que o Governo chinês está a encorajar a importação de terras raras através da isenção de imposto de importação e outros benefícios fiscais.
As terras raras são um grupo de 17 elementos químicos que podem ser utilizados em ecrãs de televisão e computadores, baterias de telemóvel e carros elétricos e turbinas eólicas.