Casa Branca quer reduzir tropas na Coreia do Sul

por Guilherme Rego

A Casa Branca avalia a possibilidade de reduzir as tropas americanas na Península Coreana. A medida está a dar que falar em Washington.

Várias críticas estão a ser lançadas pelo próprio partido de Donald Trump, bem como de especialistas dos EUA. O ceticismo em Washington é grande.

Segundo a comunicação social dos EUA, o Pentágono apresentou à Casa Branca opções para a possibilidade de reduzir as tropas na Coreia do Sul. Esta ação escorre de uma tensão entre ambos os países, onde os EUA exigem muito mais dinheiro para manter as suas forças militares no território.

Douglas Xal, vice-presidente de estudos do Carnegie Endowment for International Peace, disse à Xinhua que acredita não ser apenas uma ameaça de Trump. “Parece-me que o presidente está a falar a sério”.

Troy Stangarone, diretor sénior do Korea Economic Institute, sem fins lucrativos, com sede em Washington, disse que há boas razões para considerar uma reestruturação das forças americanas na Coreia do Sul. Mas, na ausência de uma visão para o futuro papel das tropas americanas no país, “é difícil ver isso como pouco mais do que um ultimato para extrair concessões da Coreia do Sul”.

“O presidente Trump deixou claro que não valoriza as alianças dos EUA da mesma maneira que os anteriores presidentes dos EUA”, disse Stangarone à Xinhua.
A possível ação foi criticada pelos legisladores do próprio partido de Trump, inclusive do senador Ben Sasse, que classificou qualquer decisão como “incompetência estratégica”.

Trump causou muita ansiedade em Washington ao ameaçar aliados de que removeria as tropas americanas de várias áreas estratégicas. No mês passado, o governo anunciou que retiraria milhares de tropas da Alemanha, alegando que os aliados não estão a pagar a sua parte justa dos custos da OTAN.

Por sua parte, Trump há muito tempo diz que os aliados dos EUA estão a aproveitar-se dos Estados Unidos, argumentando que Washington pagou a lei de defesa há anos por vários aliados.

Isso ocorre num momento em que a Casa Branca já cancelou uma série de grandes exercícios militares EUA-Coréia do Sul, na tentativa de manter as negociações nucleares na Península Coreana.

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