Brasil absteve-se em votação na ONU contra discriminação de mulheres e meninas

por Filipe Sousa
Adriano Maneo

A representação brasileira seguiu a posição ultraconservadora de Egito, Paquistão e Arábia Saudita. O Brasil sugeriu alterações ao texto em conjunto com esses países, no entanto, na votação de emendas optou pela abstenção.

A resolução, que busca estabelecer parâmetros para eliminar o preconceito, foi proposta pelo México e orienta os Estados a tomarem medidas para solucionar o problema, incluindo possíveis impactos da pandemia sobre as mulheres.

Na fase de negociações, a representação brasileira alinhou-se a nações ultraconservadoras como Egito, Paquistão e Arábia Saudita. O Brasil sugeriu mudanças ao texto em conjunto com esses países —mas durante a votação de emendas preferiu se abster.

Rússia, Egito e Arábia Saudita sugeriram cinco emendas ao relatório final. Elas suprimiriam as orientações para que os países reconheçam jovens defensoras de direitos humanos, promovam a educação sexual universal, garantam os direitos reprodutivos, assim como o acesso aos serviços e à informação sobre saúde sexual e reprodutiva durante a pandemia do novo coronavírus.

A maior parte dos países votou contra, e nenhuma delas foi aprovada. O Brasil se absteve nas cinco oportunidades, inclusive na votação de emenda proposta pela Rússia que incluía uma sugestão dada pela própria delegação brasileira durante as negociações.

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