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O dono de um bar em Inglaterra cansou-se de os seus clientes não respeitarem o distanciamento social a que as boas práticas obrigam para lidar com esta pandemia que nos assola.
O homem cansou-se de repreender os clientes que insistiam em se chegar cada vez mais perto do balcão. Mas este homem precisa de ganhar a vida. O bar é o seu sustento. Mesmo em Inglaterra optou pela máxima bem portuguesa: para grandes males, grandes remédios.
Vai daí instalou uma cerca elétrica junto ao balcão. Leu bem, uma cerca elétrica! Aqueles fios de arame que estão ligados à eletricidade que quando ativados dão uma descarga em quem lhes toca. Dependendo da tensão usada pode ou não ser fatal.
O medo afasta as pessoas
Humm! Ora ai está uma boa ideia, pensarão alguns, que neste momento até já a estão a ver aplicada em tantos locais, tal o grau de incumprimento das regras de distanciamneto social.
E como justifica o homem a aplicação de tal engenho no seu estabelecimento? “o medo afasta o contato entre as pessoas”, explicou a uma equipa de reportagem da rede Bandeirantes, do Brasil.
“O medo afasta as pessoas”, disse-o assim, calma e serenamente.
O medo afasta as pessoas. Esta poderá até vir a ser a frase que classifique aquilo a os que tantos insistem em chamar de “novo normal”.
Tenho medo destas pessoas, muito mais do que de um vírus.
*Editora da edição portuguesa do Plataforma