O regresso

por Fernanda Mira
António Bilrero*

A decisão das autoridades locais e da província de Guangdong reabrirem as fronteiras à circulação de pessoas – embora, obedecendo ainda a uma regime com condicionantes – foi uma das boas notícias da semana para Macau.

Já era tempo de a cidade voltar a deixar-se partilhar com a presença de outros. É esta a expetativa.

Depois de aproximadamente cinco meses “fechada” ao turismo, esta reabertura é uma janela de oportunidade para reiniciar uma recuperação da vida pós-covid-19 tão desejada como necessária.

Para uma cidade que recebeu em 2019 quase 40 milhões de visitantes (entradas), os últimos meses foram de grande penúria. Este pequeno passo rumo a uma nova normalidade é uma oportunidade para, espera-se, voltar a ligar o motor da economia local – os casinos –, mas, sobretudo, para permitir às pequenas e médias empresas reabrir os negócios que são uma parte não negligenciável da vida das cidades. São elas que trazem mais gente para as ruas. É no meio delas que se veem as gentes a passarem, passearem, olharem, provarem, posarem, comprarem… porque a vida não se faz só de casinos e sumptuosos interiores.

Esta decisão, por outro lado, contrasta com o que se passa do outro lado do delta do rio das Pérolas. Representa uma prova de confiança entre os responsáveis de Macau e de Guangdong, num momento em que a vizinha Hong Kong, devido ao súbito aumento de casos do novo coronavírus, volta a fechar-se para prevenir uma nova vaga da pandemia.

*Editor executivo do Plataforma

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