Ministro da Ciência do Brasil nega ligação entre exoneração de coodenadora e alertas de desflorestação

por Filipe Sousa
Renato Machado e Isabella Macedo

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação Marcos Pontes diz que tudo faz parte do plano de reestruturação do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e que Lúbia Vinhas vai para projeto estratégico.

O MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) anunciou nesta terça-feira (14) um plano de reestruturação do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), um dia após a exoneração da diretora do instituto responsável pela área de monitoramento de desmatamento.

A exoneração de Lúbia Vinhas, coordenadora-geral de Observação da Terra do Inpe, foi publicada na segunda-feira (13) no Diário Oficial da União.

Segundo a pasta, a saída dela está inserida num contexto de mudanças e não tem ligação com o aumento de alertas de desmatamento na Amazônia, divulgado três dias antes em meio a forte pressão internacional de investidores.

Os dados do Inpe mostraram que os alertas de derrubada da floresta tiveram mais um mês de alta em relação ao ano anterior, o 14º seguido. Os índices também são os maiores desde 2016.

“Não houve nenhuma demissão, todo mundo continua lá. A Lúbia saiu de um cargo e vai assumir outro cargo dentro da estrutura do Inpe. Aliás, assume um projeto estratégico de extrema importância para o país”, disse o ministro Marcos Pontes, em entrevista à imprensa.

Pontes afirmou que a reestruturação já vem sendo planejada há seis meses. Em relação aos órgãos de monitoramento de desmatamento, o ministro disse que o restante da equipe permanecerá —o que pode ser visto como um indicativo de que não houve intenção de interferir no órgão por conta da piora dos números.

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