A secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, alertou que as condições meteorológicas desta semana “potenciam” os fogos florestais, que se podem tornar “catastróficos”.
O DN falou com os peritos, meteorologistas e bombeiros, para perceber porque é que esta semana é especialmente complicada, podendo mesmo vir a ser “catastrófica” a nível dos fogos florestais.
Esta semana reúne as piores características meteorológicas para a ocorrência de fogos, a começar pelo muito calor.
Esta segunda e terça-feira registam subidas acentuadas das temperaturas e que se prolongam até ao fim da semana. No Alentejo, haverá zonas em que os termómetros ultrapassam os 40 º C. Também as temperaturas mínimas sobem até aos 20. º C, originando noites tropicais.
Rajadas de vento fortes.
Rajadas de vento no litoral e interior do país de 45 km/h nesta segunda-feira e que poderão atingir os 65 Km/h amanhã de manhã. O vento vai diminuir a partir da tarde de terça-feira.
Mudança de orientação dos ventos.
Podem acontecer, mas são fenómenos extremamente localizados, não são meteorológicos, e estão inerentes ao próprio fogo, explica uma meteorologista do Instituto Português do Mar e Atmosfera. São um grande problema para os bombeiros.
Tempo muito quente e seco.
Diminui a humidade, resultando num tempo muito quente e seco, o que faz aumentar as ignições.
Trovoadas secas
As trovoadas secas são outro fator de preocupação para os bombeiros e que explicam porque é que os relâmpagos são vistos com pavor pelas populações rurais. Ocorrem devido a descargas elétricas normalmente associadas a tempestades e eventos climatológicos de grande intensidade. Trovoadas secas, calor e vento são a conjugação que potencia os incêndios.
A impossibilidade de controlar tais condições meteorológicas.
Fernando Curto, presidente da Associação da Associação Nacional de Bombeiros, sublinha que é humanamente impossível controlar tais condições meteorológicas e podem colocar em causa a operacionalidade de agentes de socorro. Acrescenta que mais homens e meios de combate no terreno não resolvem o problema.
Leia mais em Diário de Notícias