O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, enviou uma carta ao seu homólogo angolano João Lourenço, a pedir que seja aumentada a proteção dos membros da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) em Angola para “garantir a sua integridade física e material e a restituição de propriedades e moradias”
Na carta, assinada pelo Presidente do Brasil, e divulgada no Twitter pelo seu filho, Bolsonaro diz-se preocupado com “os recentes episódios em Angola de invasões a templos e outras instalações da Igreja Universal do Reino de Deus”, noticia hoje o jornal angolano Novo Jornal.
Entrentanto, na missiva lê-se ainda que se “registam relatos de agressões a membros da IURD, que em certos casos teriam sido expulsos das suas residências”.
Bolsonaro considera, assim, na carta, que é “preciso evitar que factos dessa ordem voltem a produzir-se ou sejam caracterizados como consequência de “disputas internas””.
O Presidente brasileiro lembra ainda que “há perto de 500 pastores da IURD em Angola e, nesse universo, 65 são brasileiros”.
Para Bolsonaro, “os aludidos atos de violência são atribuídos a ex-membros da IURD, que também têm levantado acusações e, com isso, motivado diligências policiais na sede da entidade e nos domicílios de dirigentes seus”.
Esta carta chega depois de, na sexta-feira, 10, o Serviço de Investigação Criminal da Polícia Nacional de Angola (SIC) ter desenvolvido ações de busca e apreensão contra pastores da IURD por suspeita de evasão de divisas e de lavagem de dinheiro. Os templos religiosos também foram alvo dos mandados judiciais do SIC.