Não quero voltar a viver o mesmo

por Filipa Rodrigues
Johnson ChaoJohnson Chao

A epidemia voltou a Hong Kong. Esta semana surgiu um novo surto de coronavírus na cidade.

A origem ainda é desconhecida e o número de infetados continua a crescer diariamente. A atual situação epidémica na cidade piorou e, ao contrário do esperado, vamos ter de passar o verão de máscara.

Esta “terceira” onda do vírus, que inclui surtos em lares de idosos, infetou um grande número de funcionários e pacientes de forma semelhante à primeira vaga. 

Ou conseguirá a sociedade de Macau suportar outro ataque à sua indústria de turismo?

Sendo Macau uma cidade que depende largamente do turismo, após seis meses quase sem turistas, o Governo anunciou duas fases de assistência económica, esperando oferecer alguma estabilidade social. Os comerciantes acreditavam que este seria o último passo antes do regresso à normalidade, mas com esta nova onda em Hong Kong as previsões voltam a mudar. Recentemente vimos alguma instabilidade social também em Macau, com a Associação dos Conterrâneos de Jiangmen, que tinha prometido doar 100 milhões de patacas para ajudar pequenos negócios do Sin Fong Garden, a alegar agora não ter fundos suficientes devido à pandemia. 

Com o ano de 2020 a despertar a “Teoria do Cisne Negro”, as implicações e impactos da pandemia parecem ser superiores ao anteriormente imaginado. A “diversificação da economia” tão discutida ao longo da última década ainda não se materializou. Após o fim da pandemia devemos reforçar a implementação destas políticas de diversificação económica. 

Ou conseguirá a sociedade de Macau suportar outro ataque à sua indústria de turismo? Também não quero voltar a viver o mesmo. 

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