Representantes de Macau no funeral de Stanley Ho obrigados a quarentena

por Fernanda Mira

Os representantes do Governo de Macau que estiveram presentes hoje no funeral do magnata dos casinos Stanley Ho, em Hong Kong, vão ter de fazer quarentena após o regresso ao território, anunciaram as autoridades.

Em representação do Governo de Macau esteve o secretário para a Economia e Finanças de Macau, Lei Wai Nong. Também o antigo e primeiro chefe do executivo do território e vice-presidente da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês Edmund Ho se deslocou à região vizinha para o funeral, tendo integrado a comissão de organização das cerimónias fúnebres.

Ambos vão ter de respeitar o período de observação médica de 14 dias e realizar dois testes de ácido nucleico, no início e no fim da quarentena, para assegurar que não estão contaminados com o novo coronavírus, confirmaram as autoridades sanitárias de Macau.

“Devido à situação de epidemia, ninguém está isento de observação médica”, disse o responsável da Saúde, Alvis Lo Iek Long, durante a conferência de acompanhamento da covid-19, questionado por jornalistas.

“Todos precisam de fazer quarentena nos locais designados pelos serviços de saúde”, disse o médico, precisando que ambos serão sujeitos também a dois testes de ácido nucleico, antes e depois da quarentena.

“Assim é mais seguro para a nossa sociedade”, apontou.

As autoridades esclareceram ainda que Edmund Ho, “por razões de segurança, vai fazer quarentena num local especial”, mas que os restantes dirigentes do executivo (que incluem outros membros do gabinete do Governo) “vão fazê-la nos hotéis designados”.

Hong Kong está na lista de “alto risco” de Macau, por causa da pandemia de covid-19, mas as autoridades abriram um corredor marítimo especial entre os dois territórios, a funcionar entre 17 de junho e 16 de julho, para permitir o regresso a casa de pessoas retidas.

A representante dos serviços de turismo, Lau Fong Chi, reiterou que aquele corredor não vai ser prorrogado após aquela data.

“O nosso serviço termina no dia 16 deste mês e não vamos prorrogá-lo, por isso têm de aproveitar esta oportunidade para usar o serviço especial”, alertou.

Até hoje, regressaram 1.345 pessoas a Macau, através daquele serviço especial, estando previstas mais 14 esta noite, enquanto 765 abandonaram o território através do aeroporto de Hong Kong, com mais três partidas previstas esta noite.

As pessoas que utilizem o corredor marítimo para regressar a Macau ficam obrigadas a fazer quarentena.

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