A formação do Macau Black Bears, formação de basquetebol que representa a Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) na Liga de Basquetebol da ASEAN, ofereceu esta quinta-feira ao Governo 20 mil máscaras médicas. Os dispositivos de proteção foram recebidos por representantes da Direção dos Serviços de Saúde, informa o organismo num comunicado.
Na mesma nota de imprensa, os Serviços de Saúde adiantam que o material agora oferecido vai reforçar o programa de distribuição de máscaras convencionadas criado pelo Executivo no final de Janeiro. Até ao final do mês de Junho, as autoridades de Macau distribuíram cerca de 92 milhões de máscaras.
No âmbito da medida – uma das primeiras impulsionadas pelo Governo da RAEM quando os primeiros casos de infecção pelo novo coronavírus foram detectados no território – cada pessoa pode adquirir dez máscaras a cada dez dias pelo preço de oito patacas, um valor inferior a um euro.
Num breve comunicado, a Direção dos Serviços de Saúde agradeceu a generosidade da formação dos Macau Black Bears, numa altura em que a escassez de materiais de proteção volta a causar alarme em vários pontos do planeta: “O Governo da RAEM agradece a generosidade desta entidade privada pela sua contribuição contínua, referindo que, face à escassez de materiais de proteção contra epidemias registada por todo o mundo, esta doação de máscaras vem apoiar o Executivo no contínuo desenvolvimento de ações de combate à epidemia”, lê-se na nota de imprensa.
Com origem na cidade chinesa de Foshan, os Macau Black Bears são o resultado da fusão entre a formação dos Nanhai Long Lions e do Grupo Desportivo Chong Son. A equipa fixou-se em Macau e adoptou a presente designação em 2018, com o objectivo de promover o basquetebol profissional na cidade.
O nome da equipa foi buscar inspiração a Bobo, o urso-negro-asiático falecido em 2018 que foi durante décadas uma das maiores atrações do Jardim da Flora, um dos mais antigos jardins de Macau.
Campeonato em risco
Os Macau Black Bears estrearam-se em 2018 na Liga de Basquetebol da ASEAN, antes ainda da equipa se radicar no território. A competição regional, que é disputada por dez equipas de oito nações e territórios, corre o risco de desaparecer ao fim de dez temporadas, devido ao impacto económico da Covid-19, noticiou na quinta-feira o portal noticioso filipino Manila Bulletin.
A hipótese é aventada pela publicação depois dos responsáveis pela Liga de Basquetebol da ASEAN terem informado que não tencionam renovar os contratos do diretor executivo da organização, Jericho Ilagan e de vários outros membros da equipa responsável pela gestão do torneio.
Para o eventual cancelamento da competição poderão ter contribuído as perdas sofridas pelo seu maior patrocinador, a Air Asia. A companhia aérea de baixo custo declarou perdas de quase 188 milhões de dólares norte-americanos durante os seis primeiros meses do ano.
