PNUD e Ministério de Finanças timorense assinam acordo para apoio em segurança alimentar

por Guilherme Rego

O PNUD e o Ministério das Finanças timorenses assinaram hoje um acordo para implementar um projeto de apoio à segurança alimentar, que abrangerá mais de 25 mil pessoas afetadas pela pandemia da covid-19.

O acordo, financiado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e pelo Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD) foi assinado hoje pelo ministro das Finanças timorense, Fernando Hanjam, e pela responsável do PNUD em Timor-Leste, Munkhtuya Altangerel.

Munkhtuya Altangerel sublinhou a importância do programa no quadro do apoio do PNUD “na geração de meios de subsistência sustentáveis através da horticultura, aquacultura, artesanato, gestão de resíduos, turismo de base comunitária, pesca, pecuária, agronegócio sustentável e gestão de recursos naturais”.

O projeto reconhece que um dos maiores impactos da pandemia da covid-19 – o país está atualmente sem casos ativos – foi na segurança alimentar e nos meios de subsistência das populações já mais vulneráveis, especialmente nas zonas rurais.

Uma análise preliminar levada a cabo pelo Governo timorense e por várias organizações, dada hoje a conhecer, mostra que a pandemia da covid-19 afetou a situação alimentar e o rendimento da maioria das famílias timorenses, agravando as condições que, especialmente a nível rural, já eram problemáticas.

Cerca de 81% de 1.200 famílias inquiridas reportaram que a pandemia da covid-19 “teve um impacto negativo nas suas fontes alimentares e de rendimento” e cerca de 40% tiveram de adotar várias alternativas para lidar com o problema incluindo reduzir o seu consumo alimentar diário.

Trata-se, explica uma nota do PNUD enviada à Lusa, de apoiar a resposta do Governo à “implementação de um projeto de segurança alimentar que apoiará a saúde comunitária e as economias agrícolas das pessoas mais vulneráveis do país”.

Timor-Leste contribui com um milhão de dólares, doados pelo BAD, a que se somam cerca de 105 mil dólares do PNUD, dando prioridade a 25.000 pessoas consideradas particularmente vulneráveis nos municípios de Covalima, Baucau, Bobonaro e Díli e no enclave de Oecusse-Ambeno.

“Os cabazes alimentares assegurarão uma dieta equilibrada para os necessitados e um rendimento extra para os agricultores neste momento de abrandamento económico”, refere.

Além de comprar e distribuir alimentos – apoiando assim agricultores locais – o programa inclui um componente educativo, ajudando famílias a preparar receitas simples, mas nutritivas com alimentos locais.

Leia mais sobre o assunto: Situação alimentar da maioria das famílias em Timor-Leste agravou-se

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