Moçambicanos aconselhados a evitarem curandeiros e supostos profetas em casos de Covid-19

por Gonçalo Lopes

O Conselho Cristão de Moçambique (CCM), coligação de igrejas cristãs, apelou hoje aos moçambicanos para evitarem curandeiros e supostos profetas. Nomeadamente, em caso de sintomas do novo coronavírus, optando pelas unidades de saúde e combatendo crenças tradicionais enraizadas na população.

“Sabemos que a nossa tradição é primeiro ir ao curandeiro ou ao profeta. Neste caso, o nosso apelo é: vão à unidade de saúde”, afirmou Felicidade Cherindza, secretária-geral do CCM, em declarações à emissora pública Rádio Moçambique.

Cherindza, contudo, assinalou que não há solução para a pandemia da covid-19 fora dos hospitais, recordando que não existe vacina contra a doença.

“Ir ao curandeiro ou ao profeta não vai ajudar”, enfatizou.

A secretária-geral do CCM avançou que as confissões religiosas moçambicanas estão a preparar-se para que as celebrações juntando fieis regressem em condições de assegurar a prevenção da covid-19.

“Cada uma das confissões religiosas terá de criar condições para que os cultos decorram com o necessário distanciamento social, desinfeção e higienização dos seus membros”, destacou Felicidade Cherindza.

Aquela responsável disse que as confissões religiosas vão indicar equipas entre os seus membros que vão monitorizar o cumprimento das medidas de prevenção do novo coronavírus.

Os líderes religiosos moçambicanos encontraram-se recentemente com o Presidente da República, Filipe Nyusi, e ainda com responsáveis do Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos. O encontro visou discutirem a retoma de cultos coletivos no âmbito da suavização das medidas do estado de emergência para prevenção do novo coronavírus,

Moçambique tem um cumulativo de 1.071 casos, mantendo oito óbitos.

A pandemia de covid-19, refira-se, já provocou mais de 545 mil mortos e infetou mais de 11,9 milhões de pessoas em 196 países e territórios. Este é um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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